terça-feira, 31 de maio de 2011

Reciclagem de vidro: condicionantes do processo e características do produto final

      O vidro é um material que não se pode determinar com exactidão o tempo de permanência no meio ambiente sem se degradar. Sabe-se sim que esse tempo é muito grande. Daí a importância de se proceder à sua reciclagem.
A Reciclagem do vidro é o processo pelo qual o vidro é reaproveitado para criar novos materiais, o processo dá-se basicamente derretendo o vidro para a sua reutilização. Dependendo da finalidade do seu uso, pode ser necessário separá-lo em cores diferentes. As três cores principais são: vidro incolor, vidro verde e vidro âmbar.
A reciclagem do vidro começa com os consumidores. Em vez de deitarem as garrafas vazias no lixo, devem deitá-las no vidrão. O “vidro velho” depositado nos vidrões chama-se “casco” e é recolhido por muitas Câmaras Municipais para ser vendido às indústrias vidreiras. Desde modo, não só se diminui o volume e o peso dos resíduos domésticos a tratar, como se gera mais uma fonte de receitas para as Autarquias. O “vidrão” é um contentor que deve ser usado exclusivamente para as embalagens de vidro. Para que a reciclagem seja bem sucedida, os consumidores não devem colocar no “vidro” outros materiais, tais como metais, plásticos, pedras, louças, lâmpadas, vidros de janelas ou espelhos, restos de comida, papéis, etc.


Em Portugal já se recicla cerca de 30% do vidro usado. É uma taxa de reciclagem muito boa, que ainda pode ser aumentada. Isso depende de todos nós: o vidro é no vidrão! 
A partir de uma tonelada de casco, pode produzir-se uma tonelada de vidro novo. Trata-se de um rendimento de 100 %, logo uma situação extremamente favorável à indústria do vidro de embalagem. Para obter a mesma quantidade de vidro a partir de matéria-prima seria necessário 1,2 toneladas da mesma.
Além da redução do consumo de matérias-primas retiradas da natureza a reciclagem de vidro implica um gasto de energia consideravelmente menor do que a sua manufactura através de areia, calcário e carbonato de sódio. Por cada 10 % de casco adicional que é introduzido num forno, obtém-se 2,5 a 3 % de poupança no consumo de energia. Caso fosse possível obter casco em qualidade e quantidade suficiente, para ser 100 % o valor de incorporação deste num forno, então a poupança seria de 25 a 30 %. É de salientar que as fábricas de vidro de embalagem existentes em Portugal (algumas delas bastante antigas) possuem de um modo geral a melhor tecnologia disponível internacionalmente, pois caso contrário não teriam capacidade competitiva.
O vidro reciclado tem praticamente todas as características do vidro comum e pode ser reciclado muitas vezes sem perder as suas características e qualidade.

Tipos de vidros recicláveis
- Garrafas de sumos, refrigerantes, cervejas e outros tipos de bebidas;
- Potes de alimentos;
- Cacos de embalagens de vidro;
- Frascos de perfumes, de remédios, de condimentos e de produtos de limpeza;
- Vidros planos e lisos.

Tipos de vidros não recicláveis
- Vidros de janelas;
- Espelhos;
- Vidros de automóveis;
- Ampolas de remédios;
- Utensílios de mesa de vidro temperado;
- Tubos de televisão e válvulas.

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